O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) minimizou, na manhã desta segunda-feira (2/5), os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) proferidos durante os atos bolsonaristas desse domingo (1º/5), Dia do Trabalhador. O general classificou o protesto como “liberdade de expressão”, mas pontuou que a “maioria” não concorda com os pedidos feitos.
“Eu acho que isso aí é liberdade de expressão, né? Tem gente que quer isso, mas a imensa maioria do povo não quer. Não é? Normal”, disse Mourão ao ser questionado sobre pedidos de fechamento da Suprema Corte e instauração de regime militar no Brasil.
Perguntado sobre a avaliação dos atos, o vice disse que “foram normais e sem maiores complicações”. “Um pouco mais de gente do lado dos apoiadores do governo. Só isso”, frisou.
Por sua vez, Mourão tem mostrado interesse em disputar o governo do Rio de Janeiro ou do Rio Grande do Sul. Se despedindo do PRTB, o general anunciou filiação ao Republicanos em 16 de marçoBruno Batista/ VPR
Antônio Hamilton Martins Mourão é um general da reserva do Exército do Brasil e atual vice-presidente da República. Natural de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, Mourão tem mostrado interesse em disputar as eleições de 2022 longe de Bolsonaro Bruno Batista VPR
Atos pelo Brasil
O Dia do Trabalhador deste ano foi palco de uma disputa de militâncias políticas em manifestações pelo país. Os principais atos aconteceram em São Paulo e Brasília e tiveram a participação do presidente Jair Bolsonaro (PL), que discursou a seus apoiadores por vídeo, e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que participou de evento organizado por centrais sindicais no centro da capital paulista.
Na capital federal, o ato bolsonarista na Esplanada dos Ministérios não repetiu a força de manifestações anteriores, como no 7 de Setembro do ano passado, mas teve público bem maior do que o promovido por entidades de esquerda, na Funarte.
Simpatizantes do movimento foram flagrados com placas pedindo o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), ataques a magistrados da Corte e requisição de novo regime militar.