O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, deve buscar uma nova empresa para fiscalizar as eleições deste ano. Valdemar da Costa Neto, dirigente da legenda e um dos coordenadores da campanha à reeleição do presidente, deve conversar nesta segunda-feira (13) com uma empresa estrangeira. Uma outra empresa nacional também já está no seu radar.
O partido já havia indicado uma empresa, chamada Instituto Voto Legal, que pediu nesta semana credenciamento junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o objetivo de fiscalizar as eleições.
Mas a avaliação de fontes do partido é de que o plano de trabalho apresentado pela empresa faz sugestões que vão além do que o partido deseja. Propõe, por exemplo, a auditagem da eleição.
A ideia de Valdemar, porém, é que a empresa se restrinja a fiscalizar as eleições, sem avançar sobre prerrogativas do TSE. O partido teme que a operação toda, um desejo do presidente Jair Bolsonaro, possa prejudicar a sua candidatura na corte e também a dos candidatos da legenda, que tem como objetivo fazer a maior bancada da Câmara dos Deputados.
Além disso, há a percepção na campanha de que o TSE poderá não credenciar a empresa Instituto Voto Legal. À CNN, a corte informou que o processo de credenciamento está sendo instruído e aí será analisado se preenche os requisitos previstos na resolução 23.673.
A resolução prevê que poderão fiscalizar as eleições “ entidades privadas brasileiras, sem fins lucrativos, com notória atuação em fiscalização e transparência da gestão pública, credenciadas junto ao TSE”. O problema é que a empresa foi criada em 2021, o que pode afastar o requisito de “notória atuação em fiscalização e transparência”. (CNN Brasil)