
Depois de um longo período de distanciamento e críticas ao governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a buscar diálogo com lideranças evangélicas. A reunião desta quinta-feira (16/10), no Palácio do Planalto, foi marcada por declarações de “respeito” e elogios à igreja — um gesto que muitos enxergam como tentativa de recuperar apoio político às vésperas das eleições.
O encontro reuniu o pastor Samuel Ferreira, da Assembleia de Deus Madureira, o deputado federal Cezinha de Madureira (PSD-SP), a ministra Gleisi Hoffmann e o ministro Jorge Messias, advogado-geral da União e cotado para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Durante a conversa, Lula fez um balanço das ações do governo e afirmou que “nunca trabalhou contra a igreja”, destacando que “a igreja deve ser lugar de fé, não de ódio”. O presidente ainda reforçou ser “favorável à família”, citando o Bolsa Família como exemplo de programa social voltado à proteção das famílias brasileiras.
Apesar do tom cordial, o gesto levanta desconfiança entre lideranças religiosas. Durante a campanha e nos primeiros meses de governo, Lula pouco dialogou com o segmento evangélico — que, em grande parte, apoiou adversários políticos do PT. Agora, com o calendário eleitoral se aproximando, o discurso de conciliação reaparece.
Para muitos, a tentativa de reaproximação parece mais uma estratégia de conveniência política do que um verdadeiro reconhecimento da importância da comunidade evangélica na sociedade brasileira.


















