
A Assembleia de Deus Templo da Glória de Deus, localizada no Parque Trindade, em Aparecida de Goiânia (GO), recebeu uma ordem de demolição após decisão judicial divulgada em 16 de outubro. A determinação decorre de uma ação civil pública proposta há vários anos por um ex-vereador do PT, que questionou a legalidade da doação do terreno realizada pelo município.
A sentença estabelece que a estrutura do templo — edificada em uma área de aproximadamente 6 mil metros quadrados — seja totalmente demolida no prazo de 60 dias. Além disso, seis famílias que residem no entorno deverão deixar o local. Conforme a decisão, o terreno deverá ser devolvido “limpo” à administração municipal.
O deputado João Campos gravou um vídeo declarando que a decisão não tem coerência: “A prefeitura fez tudo na forma da lei. Está tudo regular. Nós não compreendemos essa decisão, por isso mesmo que tanto a prefeitura quanto a igreja estão se insurgindo, entrando com recurso no Tribunal de Justiça de Goiás”.
A notícia motivou mobilização da comunidade. Moradores e membros da igreja demonstraram preocupação com a possível interrupção das ações sociais mantidas no local, como distribuição de alimentos e roupas, mencionadas recentemente em reportagem do telejornal Serra Dourada.
A decisão também impõe responsabilidades à Prefeitura de Aparecida de Goiânia, que deverá apresentar, em até um ano, um projeto de recuperação e urbanização da área. A congregação, por sua vez, afirma que a ocupação ocorreu de forma regular, após aprovação legislativa. O pastor Altair, responsável pela igreja, declarou: “Nós não chegamos aqui como invasores. Recebemos a área oficialmente do município, com autorização legislativa”.
Oficialmente, o prefeito Leandro Vilela (MDB) solicitou à Procuradoria do Município que apresente recurso ao Tribunal de Justiça, na tentativa de reverter a ordem de demolição.


















