
Neste domingo, o Distrito Federal foi palco de um encontro que reuniu a classe contábil e lideranças políticas em um momento considerado decisivo para a categoria. O evento, promovido pelo deputado distrital Roosevelt Vilela, simbolizou a transição de uma atuação fragmentada para uma mobilização unificada e cada vez mais influente no debate sobre a gestão pública. O encontro contou com a presença da vice-governadora Celina Leão, do próprio deputado Roosevelt, do presidente do CRC-DF, Darlan Barbosa, do presidente da ABBP, Toni Duarte, além de dirigentes e membros da recém-criada Asconte, reforçando o peso institucional dessa articulação.
A confraternização reuniu profissionais da contabilidade das mais diversas áreas do serviço público, à iniciativa privada além de lideranças institucionais que vêm construindo, desde 2024, uma agenda sólida em defesa da criação de uma carreira específica para os contadores públicos do DF. A iniciativa tem sido puxada por Wagner, articulador da Asconte, que celebrou a força crescente de uma categoria que reúne mais de 300 profissionais espalhados em mais de 15 carreiras distintas. Emocionado, lembrou sua trajetória pessoal e o quanto a união da classe representa um marco histórico: a contabilidade, antes fragmentada, agora se organiza como potência política e técnica.
O presidente do CRC-DF, Darlan Barbosa, reforçou durante o encontro a importância desse movimento. Para ele, o Distrito Federal reúne todas as condições para se tornar referência nacional em gestão pública: orçamento robusto, território enxuto, servidores altamente preparados e, agora, uma categoria mobilizada em torno de objetivos comuns. Ele destacou o peso simbólico e prático de discutir a criação da carreira dos contadores públicos, um passo que, segundo afirma, é essencial para que o DF alcance níveis mais altos de eficiência, reconhecimento e capacidade de receber recursos de organismos internacionais.
A presença da vice-governadora Celina Leão foi um dos pontos mais comentados do encontro. Ela ouviu atentamente as demandas, conversou com profissionais e reafirmou que a área contábil exerce um papel que vai muito além de cálculos e rotinas administrativas. Para Celina, o contador é a espinha dorsal de qualquer estrutura organizacional, pública ou privada. “Só quem é contador consegue gerir uma instituição dentro das regras, com responsabilidade e transparência. É uma profissão essencial, valorizada desde os tempos bíblicos, e que precisa ser tratada com respeito e estrutura”, disse ela, ressaltando que vê espaço para reorganizar cargos hoje distribuídos em carreiras distintas.

Celina aproveitou o diálogo com a classe para reforçar seu compromisso político: quer construir, junto aos profissionais, o planejamento estratégico que organize a carreira e coloque a contabilidade do DF em um novo patamar. Ela fez, inclusive, um apelo direto para que a categoria participe desse processo. Segundo ela, valorizar os contadores é fundamental para aprimorar a gestão pública e também para consolidar seu próprio projeto de ser a primeira mulher a governar o Distrito Federal com excelência.
O deputado Roosevelt Vilela, anfitrião do evento, foi reconhecido pelo grupo pelo empenho em aprovar a Lei nº 7.763/2025, que garantiu atendimento preferencial aos contadores nos órgãos públicos, medida que qualifica a entrega de informações e reduz a burocracia para a população. Em seu discurso, Roosevelt lembrou que a contabilidade sempre foi peça-chave na construção de políticas públicas responsáveis. “Nenhum gestor acerta quando ignora o contador. São vocês que evitam erros, riscos e problemas que vão parar no CPF de quem está à frente da administração. O Estado só funciona quando a contabilidade funciona”, afirmou, arrancando aplausos dos presentes.

Ao final, Celina Leão também recebeu uma placa de reconhecimento por sua atuação política e por ter contribuído para a sanção da lei que fortaleceu a categoria. O clima foi de celebração, mas também de confiança: a sensação entre os participantes é de que a classe contábil finalmente encontrou seu espaço no debate institucional do DF, assumindo uma posição que há muito merecia.

O encontro deste domingo marcou mais do que uma confraternização. Representou a consolidação de uma categoria que compreendeu seu valor, estruturou sua pauta e agora entra, com força e unidade, no centro das discussões sobre o futuro da gestão pública no Distrito Federal. Uma classe que decidiu ser protagonista e não mais espectadora das grandes decisões que moldam o Estado.
Por: Aparecida Frausino


















