quinta-feira, novembro 21

Asma pode matar? Médico explica as complicações causadas pela doença

imagem colorida de homem segurando bombinha de asma - Metrópoles

Na última terça (27/12), um dos netos de Bob Marley, o cantor Joseph Mersa Marley, morreu aos 31 anos por complicações da asma. O caso tomou repercussão mundial devido à popularidade da doença: cerca de 235 milhões de pessoas têm asma no mundo, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

doença crônica leva à obstrução reversível das vias áreas. Esse bloqueio pode ocasionar sintomas como falta de ar, tosse, excesso de muco e chiado no peito.

De acordo com o pneumologista Thiago Fuscaldi, da Rede D’Or, a asma está relacionada à herança genética. No entanto, o ambiente externo também pode influenciar na gravidade da doença. A exposição à poluição, cigarro, poeira e mofo, por exemplo, podem desencadear quadros mais graves.

Geralmente, a asma é tratada com medicações inaláveis anti-inflamatórias e broncodilatadoras. Em casos mais graves, Fuscaldi explica que é necessário o uso de medicações orais ou até mesmo injetáveis.

A doença não tem cura e os pacientes precisam fazer tratamento durante toda a vida.

A asma pode matar?

Mas será que a asma pode mesmo matar, como aconteceu com o neto de Bob Marley?

A resposta é sim. O pneumologista diz que, se não for tratada, a doença é grave e potencialmente fatal. Durante a crise, ocorre o estreitamento das vias aéreas, dificultando a passagem de ar para os pulmões. Com isso, o oxigênio não chega aos órgãos vitais, podendo levar o paciente ao óbito.

“A obstrução das vias aéreas pode levar a uma dificuldade progressiva de respirar e até à parada respiratória”, afirma Fuscaldi.

O profissional diz ainda que, antes do surgimento das medicações inalatórias, conhecidas como bombinhas, não era incomum ouvirmos casos de mortes em decorrência de uma crise grave de asma.

Atualmente, são raros os casos como o de Joseph. Luscaldi orienta que pessoas com asma tenham um plano de tratamento das crises prescrito por um profissional. Além disso, ele recomenda que os asmáticos tenham acesso a um serviço de saúde de urgência em caso de crises que não melhorem com o uso da medicação.

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