sexta-feira, novembro 22

Saúde: vacinação em crianças inicia em 10 de janeiro, mas com receita

Na imagem colorida, uma criança está de frentre para uma enfermeira com uma seringa nas mãosIgo Estrela/ Metrópoles

A vacinação contra a Covid-19 para crianças de 5 a 11 anos será liberada a partir do próximo dia 10. A informação foi antecipada ao Metrópoles por uma fonte do Ministério da Saúde.

Por sua vez, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, explicou, em conversa com jornalistas nesta quinta-feira (23/12), ser necessário apresentar prescrição médica. Além disso, crianças com comorbidades serão priorizadas na vacinação.

“A recomendação nossa é que essa vacina não seja aplicada de forma compulsória. Ou seja, depende da vontade dos pais. Os pais são livres para levar os seus filhos para receber essa vacina. Essa vacina estará vinculada à prescrição e a recomendação obedece a todas as orientações da Anvisa”, disse Queiroga.

“A nossa ideia é contemplar essas crianças, na forma da lei, como prioritárias, essas que têm comorbidades ou os que têm contato com pais ou com pessoas que são imunodeficientes, esses são mais vulneráveis e a criança eventualmente pode, ao contrair o vírus, transmitir o vírus para uma pessoa de maior vulnerabilidade”, prosseguiu o ministro da Saúde.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na quinta-feira (16/12), a indicação da vacina da Pfizer em crianças.

Queiroga havia anunciado, no sábado (18/12), que o governo federal decidirá sobre a vacinação para crianças em 5 de janeiro. Segundo ele, no dia 4 do mesmo mês, será realizada uma audiência pública para discutir o assunto.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e o ministro interino Relações Exteriores, Paulino Franco de Carvalho Neto, anunciam medida de cooperação humanitária internacional no enfrentamento à Covid-19 2

Ministro da Saúde, Marcelo QueirogaRafaela Felicciano/Metrópoles

A autorização da agência veio após uma “análise técnica criteriosa de dados e estudos clínicos conduzidos pelo laboratório”, segundo o órgão. A equipe técnica da Agência explicou que as informações avaliadas indicam que a vacina é segura e eficaz para o público infantil, conforme solicitado pela Pfizer e autorizado pela Anvisa.

A avaliação da agência levou 21 dias, descontados os 14 dias que a Pfizer usou para responder exigências técnicas da Anvisa.

“Nós sabemos que pelos dados as evidências científicas que vem do estudo principal, estudo que embasou a aprovação pelas agências sanitárias, não mostra redução de óbitos, pelo menos no período que foi realizado o estudo em crianças de 5 a 11 anos que receberam a vacina. O que nós temos, sim, é uma redução dos casos”, explicou Queiroga.

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