Tirar a segunda via da carteira de identidade, o RG, ficou mais caro em alguns estados.
A carteira de identidade da Isabela venceu e ela precisou de uma nova. Foi um susto na hora de pagar.
“Nem todo mundo tem a condição de tirar. Eu acho que deveria ser uma coisa grátis para toda a população”, disse a banhista de animais Isabela de Lima.
O documento de Registro Geral do Wallyson está com o plástico solto e, por isso, nem sempre é aceito, mas falta dinheiro para fazer a segunda via.
“Estou desempregado agora. É um valor muito alto, que pesa um pouco no orçamento da gente durante o mês”, disse o técnico em logística Wallyson de Souza.
O preço da segunda via em Minas Gerais subiu de R$ 95,41 para R$ 100,74. A Polícia Civil disse que o aumento foi automático, em razão do reajuste na unidade padrão fiscal de Minas Gerais. Esse é um índice econômico usado como referência para corrigir o valor de taxas estaduais. Portanto, cada unidade federativa do país tem a sua unidade.
Além de Minas Gerais, as segundas vias mais caras são cobradas em Rondônia – R$ 153 – e no Mato Grosso do Sul – R$ 188. Os valores mais baratos são no Piauí – R$ 20; e em Sergipe – R$ 16. E no Amazonas, a segunda via é gratuita.
Para o advogado Paulo Henrique Studart, muita gente fica sem o documento por falta de dinheiro e aí acontece uma reação em cadeia.
“Sem o documento de identidade, essa pessoa fica quase invisível perante o Estado, perante a sociedade, porque isso impossibilita muitas vezes que ela acesse serviços básicos, seja matrícula numa escola, serviços de saúde, benefícios de previdência social, de assistência social”, explicou o advogado especialista em Direito Público Paulo Henrique Studart.
A primeira via da carteira de identidade é de graça em todo o país, e nem todo mundo precisa pagar pela segunda via. Em Minas, por exemplo, no caso de furto ou roubo do documento, basta apresentar o boletim de ocorrência em até 60 dias.
Quem recebe benefícios sociais do governo ou está inscrito no CadÚnico também tem isenção da taxa. É o caso da Ailma.
Repórter: “E se tivesse que pagar?”.
Ailma da Luz, autônoma: “Aí eu tinha que lutar para ter o dinheiro, porque está difícil. Tinha que pedir alguém”.
Com informações: G1.com