A polêmica intensificou o debate sobre os valores da comunidade religiosa e como lidar com as demandas de um público diversificado.
O pastor André Valadão, líder da Igreja da Lagoinha, precisou se justificar após a polêmica sobre a existência de uma área VIP na congregação ganhar repercussão nas redes sociais.
A iniciativa gerou revolta entre alguns fiéis, que questionaram a necessidade de um espaço exclusivo dentro de um ambiente religioso.
Em resposta a um internauta, Valadão afirmou que “na igreja ninguém é mais importante que ninguém”, mas justificou que figuras públicas enfrentam situações que dificultam a vivência de uma rotina normal, incluindo a frequência a cultos.
O líder religioso explicou que muitas dessas pessoas sofrem assédio, como produção não autorizada de imagens e vídeos, e que o espaço VIP seria uma forma de atender à necessidade dessas figuras de forma mais adequada.
André destacou que o objetivo não é criar hierarquias, mas permitir que todos, inclusive os mais conhecidos, possam participar dos cultos com tranquilidade. No entanto, suas declarações não foram suficientes para convencer parte do público, que levantou críticas nas redes sociais.
Fiéis apontaram que a separação de áreas dentro da igreja vai contra os princípios de igualdade e acessibilidade promovidos pelo cristianismo. Alguns internautas mencionaram exemplos de celebridades que frequentaram cultos na Lagoinha em áreas comuns sem serem incomodadas, reforçando a visão de que o espaço exclusivo seria desnecessário.
“Na Lagoinha de Alphaville, já sentei ao lado do Safadão, Cesar filho, já vi a Simone e nunca vi ninguém os assediar, e estavam sentados em locais comuns. Entendo a área VIP, mas não acho necessária”, disse um usuário.
Outros lembraram o exemplo de Jesus, que mesmo sendo constantemente procurado e vivendo sob ameaças, nunca se isolou ou buscou privilégios, mas esteve sempre no meio do povo.
“Jesus vivia ameaçado, perseguido, as pessoas queriam tá perto dele o tempo todo, muitos viajavam dias para encontrá-lo e ele nunca teve mordomias, lugares privilegiados, ou lugares separados dos outros. Ele vivia no meio do povo, mesmo com tanta fama”, ressaltou outro.
A polêmica intensificou o debate sobre os valores da comunidade religiosa e como lidar com as demandas de um público diversificado. Enquanto alguns apoiam a justificativa apresentada pelo pastor, muitos continuam a questionar se a criação de um espaço VIP é coerente com os princípios fundamentais do evangelho, como igualdade e comunhão.
Folha Gospel com informações de Correio Braziliense e Fuxico Gospel