Vídeo: Obra ensina como evitar o “ambiente tóxico” dentro da própria igreja

Laura Barringer e Scot McKnight apresentam em “Pivot” um roteiro para líderes e membros que desejam transformar a cultura de suas igrejas. Foto: Reprodução

Em entrevista à Comunhão, os autores de “Pivot”, Scot McKnight e Laura Barringer, compartilharam orientações sobre como construir uma cultura saudável nas igrejas

Por Flávia Fernandes 

Após exporem no livro “TOV” como a toxicidade pode se enraizar nas comunidades de fé, Scot McKnight e Laura Barringer apresentam em “Pivot” um roteiro para líderes e membros que desejam transformar a cultura de suas igrejas. 

Os dois autores, que são pai e filha, foram os convidados do Comunhão Entrevista para falar sobre o lançamento do livro Pivot e compartilhar orientações sobre como construir uma cultura saudável nas igrejas.

A nova obra, segundo McKnight, surgiu porque “começaram a nos fazer muitas perguntas, especialmente sobre o que as igrejas podem fazer para se curar da toxicidade e para prevenir que ela surja”. A proposta é oferecer práticas que levem a um ambiente mais saudável, que eles chamam de “cultura TOV”, termo inspirado na palavra hebraica para bondade.

Um dos pontos centrais do livro é a importância do caráter dos líderes. Para McKnight, “pessoas tóxicas, narcisistas, que abusam do poder, tendem a chegar ao topo da liderança, assim como acontece na cultura empresarial”. 

Ele defende que pastores e dirigentes precisam ser “cheios do Espírito Santo, graciosos, amorosos e bondosos o tempo todo, e não apenas nos palcos ou diante das câmeras”. Laura acrescenta que construir essa cultura é como cuidar de uma árvore de pêssego, onde as partes visíveis dependem de um solo rico em nutrientes como misericórdia, amor ao próximo e busca pelo Reino de Deus.

“Aprendemos que existem partes visíveis da cultura que são os pêssegos e também partes invisíveis que é o solo. São essas partes invisíveis da cultura que determinam sua saúde”, explica Barringer.

Passos diários

Os autores ressaltam que mudar uma cultura leva tempo. “É como pilotar um navio, você não consegue virar rapidamente”, afirma McKnight, lembrando que um aluno lhe contou que até mover um piano dentro da igreja exige paciência. Para eles, a transformação acontece com pequenos passos diários, reforçando hábitos saudáveis, como ouvir genuinamente as pessoas e criar espaços seguros para conversas honestas sobre a vida comunitária.

Entre os sinais de alerta para uma cultura tóxica, os escritores apontam a presença de líderes narcisistas cercados de apoiadores, o medo constante da desaprovação, a prioridade dada à preservação da instituição em detrimento das pessoas e a criação de narrativas falsas para proteger reputações.

 “Quando a igreja se torna viciada em ser notada pelo seu sucesso, em vez de pelo seu serviço e humildade, é hora de reavaliar”, observa McKnight. Ele lembra que o verdadeiro critério de maturidade espiritual está no quanto a comunidade se parece com Cristo e não no tamanho de suas estruturas ou eventos.

“Não vamos mais fazer do sucesso um objetivo. Em vez de nos preocuparmos com quantas pessoas estão vindo, vamos focar em quem essas pessoas estão se tornando”, alerta Barringer.

Para os autores, “Pivot” é destinado a qualquer pessoa que deseje formar uma cultura cristã saudável, seja líder ou membro. O livro inclui reflexões e perguntas práticas ao final de cada capítulo, com o objetivo de gerar mudanças reais. Laura Barringer observa que o maior desafio e a maior beleza do processo está em prestar atenção ao incômodo espiritual, confessar onde for necessário e seguir na direção de um discipulado que molde pessoas para viver como Jesus.

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