Brasil responde a investigação dos EUA sobre o Pix nesta segunda-feira

Lara Abreu / Arte Metrópoles

Imagem colorida de Lula e Trump - Metrópoles

Em meio ao clima de acirramento entre Brasil e Estados Unidos, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviará, nesta segunda-feira (18/8), relatório em resposta à ação aberta pela gestão de Donald Trump para investigar práticas comerciais no território brasileiro vistas como “desleais”. Os itens questionados, e que devem ser abordados na réplica, envolvem o Pix, o desmatamento ilegal, a propriedade intelectual e o mercado de etanol.

A investigação é conduzida pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), com base na Seção 301 da Lei Comercial dos Estados Unidos. A norma permite que o governo norte-americano apure possíveis violações ou práticas irregulares no âmbito do comércio por parte de países estrangeiros.

A abertura do procedimento foi anunciada há cerca de um mês, no último dia 15 de julho. Desde então, o USTR abriu consultas a cidadãos e entidades que queiram contribuir com o processo.

Na última semana, o governo Trump voltou a colocar brasileiros na mira de sanções ao suspender o visto de duas autoridades envolvidas no programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde. Após o anúncio, a Casa Branca sinalizou que novas medidas retaliatórias poderão ocorrer, em um movimento de escalada nas tensões entre os países.Play Video


Sanções


Investigação

Ao todo, são seis itens em investigação pelo USTR. São eles: comércio digital e serviços de pagamento eletrônico; tarifas preferenciais; fiscalização anticorrupção; proteção à propriedade intelectual; mercado de etanol; e desmatamento ilegal.

Em relação ao comércio digital e aos serviços de pagamento eletrônico, os Estados Unidos argumentam que o Brasil criou um ambiente hostil para empresas de tecnologia norte-americanas, fazendo alusão a decisões da Suprema Corte que envolvem big techs. Além disso, o documento referencia o Pix ao mencionar “práticas desleais em relação aos serviços de pagamento eletrônico”.

Sobre as tarifas preferenciais, o governo norte-americano alega que o Brasil reduziu tarifas de forma injusta ao celebrar acordos comerciais com grandes parceiros, prejudicando os Estados Unidos ao aplicar taxas mais elevadas às importações estadunidenses.

A carta também questiona o enfraquecimento do combate à corrupção e de regras de transparência, o que poderia prejudicar empresas americanas. Outro ponto do documento afirma que o Brasil foi omisso na proteção de direitos de propriedade intelectual, afetando empresas americanas de tecnologia e criatividade.

Já em relação ao etanol, o governo norte-americano reclama de tarifas mais altas e de um suposto desequilíbrio comercial resultante da decisão do Brasil de abandonar o tratamento recíproco, praticamente isento de impostos. Por fim, o documento critica o desmatamento ilegal e afirma que a destinação dessas terras para a produção agrícola representa vantagem injusta sobre produtores americanos.

Fonte: Metrópoles

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