Leitura frequente da Bíblia fortalece senso de identidade pessoal, aponta estudo

leitura da bíblia

A edição mais recente do relatório “State of the Bible USA 2025”, elaborado anualmente pela Sociedade Bíblica Americana (ABS, na sigla em inglês), destacou a relação entre o engajamento com as Escrituras e a formação de um senso mais sólido de identidade pessoal.

Contexto do estudo

O sexto capítulo do relatório foi divulgado pela entidade no início de 2025, com base em entrevistas online realizadas entre 2 e 21 de janeiro, envolvendo 2.656 adultos norte-americanos. Os participantes responderam a afirmações como “Eu sei quem eu sou”“Eu sempre tenho uma boa noção do que é importante para mim” e “Eu sei no que acredito ou valorizo”, permitindo aos pesquisadores mensurar os níveis de identidade.

Segundo John Farquhar Plake, Diretor de Inovação e Editor-Chefe da State of the Bible, “os níveis de identidade são fortes entre as pessoas que praticam religião — e não apenas o cristianismo. Algo relacionado às crenças fundamentais, à adoração compartilhada e à cultura comum dá às pessoas uma noção melhor de quem elas são”.

Resultados por afiliação religiosa

O levantamento mostrou que 64% dos cristãos praticantes se enquadram na categoria de identidade forte, índice mais elevado entre todos os grupos. Entre os adeptos de outras religiões, 52% apresentaram esse mesmo padrão. Já os cristãos nominais (40%), os cristãos casuais (33%) e os sem religião (33%) ficaram em patamares inferiores.

Engajamento com as Escrituras

O relatório também apontou que o envolvimento direto com a Bíblia exerce influência significativa. Entre os chamados “engajados com as Escrituras” — pessoas que alcançam 100 pontos ou mais na Escala de Engajamento Bíblico —, 63% afirmaram ter uma identidade forte. Em contraste, apenas 38% dos que estão nas categorias “meio móveis” ou “desengajados” relataram esse mesmo nível.

O uso regular das Escrituras mostrou relação direta com os índices de identidade:

  • 69% dos que leem a Bíblia diariamente apresentaram identidade forte.
  • 51% dos que a utilizam várias vezes por semana também relataram identidade sólida.
  • Entre os que leem uma vez por semana, o índice foi de 45%.
  • Percentuais menores foram registrados entre os que recorrem à Bíblia esporadicamente ou quase nunca, variando entre 33% e 42%.

Plake reforçou: “Quando as pessoas não apenas leem a Bíblia, mas constroem suas vidas com base nela, elas têm muito mais probabilidade de ter um forte senso de identidade”.

Diferenças entre gerações

A pesquisa evidenciou ainda variações de acordo com a idade e o gênero. Entre os homens da Geração Z, apenas 30% foram classificados no grupo de identidade forte, ao passo que 30% também ficaram no grupo de identidade fraca. Já entre as mulheres da mesma geração, 41% declararam identidade forte, contra 23% de identidade fraca.

Os dados revelam que o senso de identidade tende a se fortalecer com o passar dos anos. Entre os participantes da geração Boomer+, tanto homens quanto mulheres ultrapassaram a marca da metade no grupo de identidade forte.

Segundo o The Christian Post, o relatório resume: “Pode-se argumentar que os jovens têm permissão para ter menos confiança em sua identidade, já que ainda são jovens. À medida que envelhecemos, aprendemos mais sobre quem somos, no que acreditamos e o que consideramos importante”.

Fonte: Portal Goodprime

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