
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu adiar o anúncio de seu novo indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF) — e a decisão promete movimentar os bastidores de Brasília. Segundo o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), o petista optou por segurar o anúncio até o retorno de sua viagem à Ásia, justificando que a escolha “tem um peso institucional enorme”.
O nome mais cotado continua sendo o do advogado-geral da União, Jorge Messias, figura de extrema confiança de Lula e considerado peça-chave na blindagem jurídica do governo. Wagner garantiu que o presidente está “com a convicção firmada”, o que reforça a percepção de que a decisão já está tomada — resta apenas o momento político ideal para torná-la pública.
Na noite de segunda-feira (20/10), Lula recebeu o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), em um jantar no Palácio da Alvorada. O encontro, articulado por Jaques Wagner, teve como pauta a sucessão no Supremo. Alcolumbre teria defendido o nome do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga, mas Lula descartou a possibilidade, afirmando que o mineiro “é o melhor nome” para disputar o governo de Minas nas próximas eleições.
A movimentação revela mais uma vez o lado político do presidente, que transforma cada decisão institucional em uma peça de xadrez eleitoral. Ao adiar o anúncio e calibrar as conversas nos bastidores, Lula mostra que o STF, para ele, não é apenas um tribunal — mas também uma extensão do seu tabuleiro de poder.
Com Jorge Messias despontando como favorito, o cenário indica que o presidente deve manter a tradição de prestigiar aliados próximos e nomes alinhados ao seu projeto. Se confirmada a escolha, Messias se tornará o segundo ministro evangélico na Corte, ao lado de André Mendonça, indicado por Jair Bolsonaro — um contraste curioso que promete novos capítulos no equilíbrio político do Supremo.
Enquanto o país aguarda o anúncio oficial, Lula embarca rumo à Indonésia levando consigo mais uma decisão que, como tantas outras, une cálculo político, estratégia pessoal e o velho estilo de governar que mistura fé, pragmatismo e poder.
Com informações da Redação do Site


















