Cristãos de Mianmar (Foto: Reprodução/Portas Abertas)
A população de Mianmar enfrenta um impacto devastador devido à guerra, com muitas aldeias e cidades atingidas por ataques aéreos ou destruídas durante os combates, resultando em áreas desertas e vazias. Mesmo em meio a esse caos, missionários e cristãos locais continuam evangelizando as vítimas da guerra, buscando oferecer esperança e conforto espiritual.
Segundo a Christian Aid Mission, as condições no país tornam a locomoção extremamente difícil. Estradas são bombardeadas e vigiadas, e a internet e a eletricidade funcionam raramente, complicando ainda mais a vida dos moradores. Em fevereiro deste ano, os militares ativaram uma lei para recrutar homens de 18 a 35 anos e mulheres de 18 a 27 anos para dois anos de serviço militar, na tentativa de recuperar territórios perdidos para os combatentes da resistência. Entre os convocados, há um pastor que serve em um ministério na parte central do país, cuja mobilização é iminente.
Para evitar a convocação para a guerra, milhares de pessoas fugiram do país, enquanto outras optaram por aderir à luta. Muitos homens, mulheres e crianças se escondem em regiões remotas para salvar suas vidas. As Nações Unidas estimam que mais de 3 milhões dos 55 milhões de habitantes do país já foram deslocados devido ao conflito, e cerca de 18,6 milhões necessitam de assistência humanitária.
Relatos de violência extrema, incluindo tiros contra moradores desarmados, decapitações e desaparecimentos forçados, continuam a emergir. James Rodehaver, líder de equipe do Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, confirmou esses atos horríveis, juntamente com a destruição de vilas e casas.
Mesmo enfrentando esses desafios, muitos missionários nativos não estão isentos das dificuldades da guerra. Eles continuam a pregar e a realizar cultos entre outros refugiados, mesmo quando são forçados a fugir de suas próprias casas. Um líder local expressou a necessidade de orações contínuas e destacou a importância de não permanecer em silêncio. Os missionários criam ativamente oportunidades para se envolver no ministério, apesar das circunstâncias adversas.
Missionários forçados a fugir evangelizam e realizam cultos entre refugiados na selva. Muitos evangelizam crianças nas escolas e continuam a distribuir Bíblias secretamente, utilizando rotas de contrabandistas para levar as Escrituras às pessoas necessitadas de esperança. Uma refugiada compartilhou seu testemunho sobre como receber a Bíblia foi transformador, proporcionando-lhe paz e garantia de salvação, ajudando-a a superar a depressão.
Mianmar foi classificado em 17º lugar na Lista Mundial da Perseguição da Missão Portas Abertas de 2024 como um dos lugares mais difíceis para ser cristão, liderando o ranking com o maior número de igrejas fechadas. A contínua perseguição e os desafios enfrentados pelos cristãos em Mianmar demonstram a necessidade urgente de apoio espiritual e humanitário
Fonte: www.gospelprime.com