Em pregação, pastora afirma que a Igreja não muda a sociedade por medidas sociais ou políticas, mas pelo impacto do Espírito Santo

A pastora Helena Raquel reforçou, em mensagem recente, que a prioridade da Igreja é espiritual e não partidária. Ao remeter ao contexto bíblico em que os discípulos aguardavam a promessa, ela afirmou que “Jesus nunca foi alheio às necessidades de ninguém”, mas destacou que, naquele momento, “o assunto não era Herodes. O assunto não era Pilatos.
O assunto não era Roma. O assunto não era direita. O assunto não era esquerda. O assunto… é receber o Espírito Santo”. Na sequência, completou: “se a Igreja não mudar a sociedade a partir do impacto que o Espírito Santo traz, não o fará com nenhuma medida social ou política”.
A formulação reacende um debate sensível entre líderes evangélicos. Sem citar nomes, o enunciado contrasta com a linha do pastor Silas Malafaia, que, ao longo dos últimos anos, defendeu a presença ativa de igrejas e pastores na arena política e declarou apoio público ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Seminários teológicos
Malafaia costuma associar a atuação política a uma forma de testemunho cristão na esfera pública. Ao afirmar que “o assunto não era direita nem esquerda”, Helena desloca o foco do púlpito para a formação espiritual como eixo da transformação social.
A mensagem de Helena não ignora o peso das circunstâncias históricas. Ela reconhece que havia opressão política no período neotestamentário — inclusive com impostos abusivos cobrados por Roma.
A divergência está na ordem das prioridades: o que estrutura a missão da Igreja, para ela, é a ação do Espírito Santo sobre pessoas e comunidades; sem isso, políticas públicas, mobilização social ou militância partidária não seriam suficientes para produzir mudança duradoura. O argumento funciona como um chamado à centralidade da fé e da ética cristã no cotidiano, com efeitos sobre a vida em família, no trabalho e no serviço ao próximo.
Fonte: O fuxico gospel


















