segunda-feira, setembro 16

“Minha equipe não demonstra interesse nas confraternizações da empresa. Posso tornar a participação obrigatória?”


Olá chefe,
Confraternizações já fazem parte do calendário de muitas organizações e geralmente se intensificam no final do ano. Muito comuns em vários setores trabalhistas, esses eventos são ansiosamente esperados por alguns, mas nem tão bem quistos por outros, que não fazem questão de participar como seus colegas de trabalho.


A questão é: o empregador pode obrigar seus funcionários a participarem da chamada ‘confraternização da firma’? Pode isso, chefe?! E a resposta é: DEPENDE.


Se a festa ocorrer durante o expediente, ou seja, no horário de trabalho, o funcionário deve participar. Caso não compareça, poderá ser considerado falta sem justificativa, a menos que apresente algum atestado ou declaração que comprove sua impossibilidade de estar presente no referido dia, sendo considerado como um dia de falta.


Por outro lado, se a festa exceder o expediente de trabalho, o pagamento de horas extras será devido. Se a festa for facultativa, em um dia sem expediente laboral, é facultado ao empregado escolher participar ou não.


Mesmo que, profissionalmente, não seja tão interessante faltar a uma confraternização, legalmente falando, se não ocorrer durante o expediente regular, o funcionário pode optar por não participar. Se ultrapassar o horário regular, o empregador é obrigado a remunerar a hora excedente como hora extra. Se a confraternização for organizada fora do expediente e o funcionário for obrigado a participar, conforme a CLT, será considerada como hora extra, sendo devido o pagamento.


É ético e de bom tom que o empregado que não puder ou não quiser participar da confraternização comunique aos seus chefes e líderes imediatos sua ausência, para evitar desconfortos profissionais.
Durante a festa, o empregador deve evitar brincadeiras e situações vexatórias em relação aos seus liderados, prezando sempre pelo ambiente harmonioso e respeitoso durante eventos corporativos.
É importante destacar que a empresa não pode criar regras para excluir um trabalhador de determinada confraternização, pois isso pode configurar dano moral.


Confraternizações devem ter um impacto motivacional, promovendo a socialização e estreitamento de laços entre os colegas de trabalho, tornando o ambiente de trabalho agradável para todos. Portanto, não transforme essa data em algo ameaçador ou que traga sentimentos ruins aos seus liderados.
Na maioria das vezes, as confraternizações são também uma forma de agradecimento pelas metas alcançadas pela equipe. Portanto, chefe, não pressione nenhum liderado a participar. Faça com que as confraternizações da empresa sejam momentos esperados com alegria e não como mais uma obrigação a ser cumprida.


Líder, aproveite esse momento para estreitar laços, ouvir sua equipe, proporcionar relaxamento e distração, e garantir um clima organizacional saudável. As confraternizações podem até ser usadas como uma forma de valorizar a imagem institucional.


Agora que você sabe que a obrigatoriedade do empregado em participar da confraternização da corporação vai depender de determinadas situações, fique atento. Na próxima coluna, discutiremos como se comportar em uma confraternização da empresa. Fique ligado!

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