quinta-feira, junho 19

Igrejas no Reino Unido registram aumento na frequência aos cultos

O levantamento aponta que o número de conversões à fé cristã dobrou nos últimos anos – Foto: Kevin Wright/Unsplash/Ilustrativa

O estudo “Changing Church 2025” tem como objetivo  compreender as transformações na Igreja Evangélica britânica nos últimos cinco anos

Por Patricia Scott 

Uma nova pesquisa realizada pela Aliança Evangélica do Reino Unido (EA UK) revelou que a frequência aos cultos nas igrejas evangélicas no país é hoje maior do que antes da pandemia de Covid-19. Segundo o estudo, houve um aumento de 13% no número de participantes desde janeiro de 2020, período anterior ao primeiro lockdown.

Além disso, o levantamento aponta que o número de conversões à fé cristã dobrou nos últimos anos. Em média, cada igreja evangélica britânica registrou três decisões por Cristo apenas nos últimos três meses.

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O estudo, intitulado “Changing Church 2025”, entrevistou 305 líderes e pastores, além de cerca de mil membros de igrejas, com o objetivo de compreender as transformações na Igreja Evangélica britânica nos últimos cinco anos.

“Os últimos cinco anos mudaram a igreja evangélica no Reino Unido”, afirmou Gavin Calver, CEO da Aliança Evangélica. “O que tenho visto nas minhas viagens pelo país são igrejas crescendo ao compartilhar com confiança a esperança de Jesus, e uma sociedade mais aberta à fé cristã.”

Frequência semanal cai, mas engajamento cresce

Embora o número geral de frequentadores tenha aumentado, o estudo apontou uma queda na frequência semanal aos cultos: de 90% em 2020 para 78% atualmente. O dado indica uma mudança no comportamento dos fiéis, mas não necessariamente uma redução no engajamento com a igreja.

A pesquisa também revelou uma disparidade entre o desempenho das congregações. Igrejas maiores estão em expansão, enquanto muitas comunidades pequenas e de médio porte enfrentam desafios financeiros e operacionais, como a queda nas ofertas e a falta de voluntários.

Entre as congregações menores, uma em cada cinco relatou que a escassez de pessoas dispostas a servir tem afetado diretamente ministérios essenciais, especialmente os voltados para crianças e jovens.

“As igrejas mudaram desde o fechamento forçado na pandemia”, explica Danny Webster, coordenador da pesquisa. “Mesmo com mudanças nos hábitos de participação, a vida da igreja como um todo mostra sinais de recuperação.”

“Avivamento silencioso” entre os jovens britânicos

Outro dado relevante revelado pelo estudo é o crescente interesse espiritual entre os jovens no Reino Unido. Evangelistas que atuam nas ruas relatam um novo nível de receptividade à mensagem cristã — algo considerado incomum no contexto britânico recente.

Stephen Johnson, evangelista que prega nas ruas de Londres há mais de uma década, afirmou à CBN News que tem percebido uma mudança significativa no comportamento das pessoas.

“No início, víamos poucas reações. Hoje, cada vez mais pessoas entram nas igrejas para conversar. Isso era impensável há alguns anos. Até mesmo os jovens, antes tão céticos, têm buscado conversas sinceras sobre Jesus”, relatou Johnson.

O fenômeno foi apelidado de “Avivamento Silencioso” por veículos internacionais, como a Relevant Magazine. Dados apontam que a proporção de jovens entre 18 e 24 anos que se identificam como cristãos e frequentam igrejas saltou de 4% para 16% nos últimos seis anos. Entre os britânicos de 25 a 34 anos, o índice passou de 4% para 13%.

O movimento reforça a percepção de que, apesar dos desafios pós-pandemia, a igreja no Reino Unido não apenas sobreviveu ao impacto da crise sanitária, mas vem demonstrando sinais claros de renovação e crescimento. Com informações The Christian Post 

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