Peter Thiel vê perigo de um regime totalitário mundial
Por Flávia Fernandes
O investidor bilionário Peter Thiel, conhecido por seu papel no Vale do Silício e por seu apoio a Donald Trump, voltou a chamar atenção por associar os conceitos bíblicos do Anticristo e do Armagedom a tecnologias emergentes e ao risco de um governo global. Durante uma entrevista na Universidade Stanford, ele sugeriu que tais perigos não são apenas simbólicos, mas plausíveis à luz do avanço tecnológico e da crescente concentração de poder.
Para Thiel, figuras ou sistemas com aparência benigna, que prometem “paz e segurança”, podem esconder intenções opressoras. A leitura do Apocalipse que ele propõe vai além da interpretação tradicional e se ancora em preocupações políticas e tecnológicas atuais. Segundo ele, o Anticristo poderia surgir como uma entidade estatal ou supranacional que se aproveita do medo da destruição para justificar controle extremo sobre a sociedade.
Ao tratar dos rumos políticos globais, Thiel vê os Estados Unidos como centro de uma tensão entre protagonismo na globalização e resistência a ela. Ele considera que o país pode tanto dar origem a um regime autoritário global quanto liderar um movimento contrário a essa ameaça. Esse cenário ganha contornos ainda mais complexos diante do envolvimento de Thiel em iniciativas do governo americano ligadas ao uso de dados em larga escala.
O empresário critica a falta de atenção ao perigo representado por uma governança mundial totalitária, apontando que temas como guerra nuclear ou inteligência artificial são mais debatidos, mas talvez não sejam os maiores riscos. Para ele, a linguagem bíblica oferece ferramentas para refletir sobre a urgência de preservar a liberdade diante de soluções fáceis e sedutoras que, no fim, podem esconder armadilhas espirituais e políticas.
Fonte: Comunhao.com