Olá chefe,
Certamente, todo líder e gestor já passaram por tal situação e constrangimento em uma “festa da firma”: ter que lidar com aqueles empregados e liderados que se esquecem de que não estão em uma festa particular ou de família, e por esse motivo têm comportamentos completamente inadequados, como linguagem imprópria, excesso de álcool, bajuladores que se aproveitam da ocasião para se aproximar da chefia e até mesmo alguns colaboradores que se aproximam de seus colegas de trabalho com toques e proximidade que os deixam constrangidos.
Legalmente e moralmente falando, gestor, você não pode excluir nenhum colaborador de participar das confraternizações do trabalho. Ou seja, os empregados que costumam ter os tipos de comportamentos listados acima, se ainda estiverem na empresa, poderão participar livremente como os demais de todos os eventos sociais da empresa. Por outro lado, pode ser controverso você elaborar algo escrito, como um comunicado e cartilhas, por exemplo, a fim de definir ou sugerir comportamentos, vestimentas ou até mesmo tentar definir acessórios usados. Inclusive, recentemente, o Banco Inter teve sua cartilha de orientações compartilhada nas redes sociais e causou debate, justamente por tentar “impor” alguns desses pontos aos seus funcionários.
Por esse motivo, caro chefe, a pergunta é: se você, como liderança, pode orientar seus colaboradores sobre tipos de comportamentos em confraternizações empresariais? Eu digo que SIM, pode, chefe, porém, com ressalvas.
Seria prudente e apropriado que as empresas sempre pudessem fazer reuniões para trazer ensinamentos aos seus empregados sobre a visão, missão e valores da instituição. Dessa forma, trazer também, de forma mais descontraída, porém sempre ética, quais os tipos de comportamentos adequados e aceitáveis, para que o funcionário não tenha sua imagem maculada durante esses eventos, que costumam ser mais informais, pois muitas vezes são realizados fora do ambiente de trabalho.
Essa abordagem aos seus colaboradores que pode ser tratada nessas reuniões, em relação aos comportamentos adequados em eventos da empresa, pode ser, primeiramente, frisar a importância do respeito mútuo, onde todos devem tratar a todos com cortesia e respeito. Segunda abordagem: salientar a questão da moderação, principalmente evitar os excessos, especialmente no consumo de álcool.
Terceira abordagem: incentivar a participação ativa, onde o colaborador deve estar engajado nas conversas e atividades de forma positiva. Quarta abordagem: vestimenta apropriada, que talvez seja o item mais contestado da lista. Então, chefe, você precisará respeitar a individualidade de seus liderados, porém, poderá abordar de maneira leve e apropriada que o colaborador precisa se adaptar ao código de vestimenta estabelecido para o evento. E quinta abordagem: profissionalismo. Lembre aos seus empregados que a festa de confraternização da empresa é um ambiente profissional, mesmo em situações mais descontraídas.
Importante também, sempre nesses casos, manter o diálogo aberto, alertar sobre a relevância do bom senso e a direção, manter o próprio exemplo na ocasião, pois como diz a sabedoria popular: “a palavra comove, porém, o exemplo arrasta”. Essas diretrizes citadas acima visam criar um ambiente agradável e respeitoso para todos. Seguir essas orientações não apenas contribuirá para um ambiente de trabalho mais harmonioso, mas também fortalecerá a imagem profissional de cada um. Ao agir com respeito, moderação e profissionalismo, criamos confraternizações que são momentos agradáveis e construtivos para todos os participantes.
Afinal, confraternizações organizacionais são feitas geralmente para comemoração de conquistas e metas cumpridas. A presença da liderança e liderados é essencial para partilharem suas experiências e conhecimentos. Portanto, ambos os lados devem prezar pela responsabilidade e respeito mútuos para que tudo permaneça em equilíbrio e em paz.