O Ministério da Saúde publicou, no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid (PNO), alterações na imunização infantil. De acordo com as novas medidas, crianças e adolescentes imunocomprometidos, com idades entre 5 e 17 anos, receberão uma terceira dose (D3) da vacina contra o coronavírus.https://f0f6bef4607fa438e0b6c2f3e934917a.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Além disso, após a D3, adolescentes imunocomprometidos com idades entre 12 e 17 anos receberão dose de reforço (DR) contra a doença.
A mudança atende a uma recomendação da Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19 (Cetai-Covid), que auxilia o Ministério da Saúde na tomada de decisões sobre a pandemia. Na última reunião do grupo, em 21 de janeiro, os técnicos orientaram a alteração.
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De acordo com os especialistas, países, como Reino Unido, Estados Unidos (EUA) e Suíça, já discutem a medida. No início de janeiro, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), órgão sanitário dos EUA, recomendou a aplicação da 3ª dose em crianças de 5 a 11 anos, imunocomprometidas, com o imunizante da Pfizer. Além disso, o CDC recomenda dose de reforço para todos os pacientes acima dos 12 anos de idade.
Dessa forma, após a publicação da medida no PNO, crianças e adolescentes imunocomprometidos entre 5 e 11 anos de idade deverão ser imunizados com o seguinte esquema vacinal: D1+D2+D3, com intervalo de 8 semanas entre as 3 doses.
A D3 deve ser aplicada conforme as primeiras doses recebidas pelo paciente. Portanto, se a criança foi vacinada com o imunizante da Pfizer, por exemplo a D3 será do mesmo laboratório. O mesmo vale para as vacinas AstraZeneca e Coronavac.
Para os adolescentes imunocomprometidos de 12 a 17 anos, além da D3, a orientação é pela aplicação da dose de reforço. Após a publicação da medida, este grupo seguirá o esquema vacinal: D1+D2+D3+DR.
Neste caso, o reforço deverá ser aplicado com o imunizante da Pfizer. “O intervalo recomendado entre a série primária e a dose de reforço deverá ser a partir de quatro meses”, recomendou o Ministério da Saúde.
As mudanças estão publicadas na versão mais recente do PNO. Ao Metrópoles, interlocutores da pasta informaram que o ministério publicará nota técnica detalhando o tema ainda nesta semana.
Covid-19: o que você precisa observar na hora de vacinar o seu filho:

Segundo dados da Pfizer, cerca de 7% das crianças que receberam uma dose da vacina apresentaram alguma reação, mas em apenas 3,5% os eventos tinham relação com o imunizante. Nenhum deles foi graveRafaela Felicciano/Metrópoles

Após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e autorização pelo Ministério da Saúde, a dose pediátrica da vacina contra a Covid-19 já está sendo administrada no Brasil em crianças entre 5 e 11 anos. Porém, os pais devem ficar atentos para evitar erros na aplicação do imunizante nos pequenos Pixabay

De acordo com a Fiocruz, vacinar crianças contra a Covid é necessário para evitar a circulação do vírus em níveis altos, além de assegurar a saúde dos pequenosPixabay

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Os estudos clínicos da farmacêutica indicaram menor possibilidade de reações adversas no uso de doses menores. As respostas imunológicas também se mostraram mais eficientes porque as crianças, normalmente, têm resposta imune mais robusta Rafaela Felicciano/Metrópoles

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Outras recomendações
Além das novas orientações sobre vacinação infantil, a Cetai recomendou que pessoas infectadas pelo coronavírus com sintomas leves, moderados ou assintomáticas devem aguardar quatro semanas para receber vacinas contra a doença.
Caso o paciente tenha sintomas graves, a recomendação é de esperar três meses antes de se vacinar. A reportagem procurou o Ministério da Saúde para se manifestar oficialmente sobre o tema, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto.