O pastor Silas Malafaia, organizador do evento, fez um duro discurso ao lado do ex-presidente Bolsonaro e do governador de SP
Por Patricia Scott
Milhares de pessoas se reuniram em São Paulo para a manifestação do 7 de Setembro, protestando pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e pela defesa da liberdade de expressão. Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes ocuparam completamente pelo menos oito quadras da Avenida Paulista.
Eles começaram a chegar ao local do ato ainda pela manhã, com alguns carregando bandeiras do Brasil e de Israel, além de cartazes com a mensagem “Fora Xandão”. Também eram visíveis mensagens de agradecimento ao empresário Elon Musk, proprietário da rede social X, por desafiar as ordens de Moraes.
O pastor Silas Malafaia, organizador do evento, apresentou uma lista de acusações contra Moraes, incluindo o inquérito das fake news e a decisão do ministro de suspender as operações do X (antigo Twitter) no Brasil. Malafaia pediu a prisão do ministro e acusou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de obstruir os processos de impeachment no Congresso.
“Alexandre de Moraes deve sofrer impeachment e ser. Lugar de criminoso é na cadeia,” afirmou Malafaia, garantindo que não estava “caluniando nem difamando” o ministro, mas apenas apresentando “os artigos da Constituição que ele tem violado”. O pastor também criticou outros membros do STF, alegando que eles estão destruindo a reputação da Corte Suprema.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou durante a manifestação, defendendo a anistia para os presos do 8 de janeiro e prometendo que sua inelegibilidade será revertida pelo Congresso Nacional. Ele concluiu seu discurso pedindo o impeachment de Moraes, apesar de estar prestes a ser indiciado em um novo inquérito pelo ministro.
“Devemos impor limites através dos dispositivos constitucionais para aqueles que ultrapassam os limites da nossa Constituição. Espero que o Senado coloque um freio em Alexandre de Moraes, que está causando mais danos ao Brasil do que o próprio Luiz Inácio Lula da Silva,” afirmou Bolsonaro.
Já o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em seu discurso, evitou mencionar diretamente o nome do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, principal alvo das críticas dos participantes da manifestação. Em vez disso, ele falou sobre a “luta pela liberdade”.
Ao lado do ex-presidente Bolsonaro, Tarcísio destacou que o 7 de Setembro é uma data significativa para “construir a história”. O governador também fez uma declaração sobre as críticas enfrentadas pelo ex-presidente e o tratamento que recebeu durante seu mandato, afirmando que, apesar das dificuldades, o ex-presidente nunca “retirou do ar qualquer veículo”. Esta observação foi feita em referência ao recente bloqueio da plataforma X no Brasil, que não seguiu as ordens do STF para continuar operando no país.
Fonte:https://comunhao.com