sábado, novembro 2

Adoração ou entretenimento? Pastores falam da essência dos cultos

Adoração ou entretenimento? Foto: Reprodução / Pinterest / Brian Johnson.
Adoração ou entretenimento? Foto: Reprodução / Pinterest / Brian Johnson.

Lourenço Rega destaca que o culto é o momento de reconhecer a soberania de Deus, em detrimento do desejo de atender a demandas de autossatisfação emocional

Por Victor Rodrigues

O culto cristão é um momento em que Deus deve estar no centro. Se, diferente disso, a atenção estiver focada no homem, a essência da adoração fica comprometida. Comunhão ouviu pastores que, à luz da Bíblia, destacam os riscos de confundir adoração e entretenimento. 

“No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. Estes são os adoradores que o Pai procura. Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (João 4:23-24 NVI). 

Lourenço Stelio Rega e Daniel Souza destacaram pontos importantes sobre um culto de adoração verdadeiramente bíblico. 

Pastor Lourenço Stelio Rega. Foto: Reprodução.
Pastor Lourenço Stelio Rega. Foto: Reprodução.

Para Stelio Rega, precisamos sempre lembrar que o culto é para Deus. “Quando necessitamos de “acessórios” e “malabarismos de palco” que nos preparem para a adoração, talvez é porque transformamos a adoração em divertimento. Se adorar é dar a Deus nosso louvor, nosso reconhecimento de sua grandeza, por que vamos ao templo buscar no culto algo para nós?”, diz. 

Daniel Souza afirma que um dos versículos que mais se referem a culto na Bíblia é Romanos 12:2. “Culto representa uma vida totalmente dedicada e consagrada a Deus. A oferta somos nós, mais que palavras ou qualquer outra coisa que possamos oferecer ao Pai. Quando chegamos a oferecer nosso corpo a Deus, todas as demais áreas de nosso ser já estarão consagradas ao Senhor”, afirma. 

O pastor Stelio Rega destaca que a frequência em espaços litúrgicos não substitui um coração puro, que busca reconhecer a soberania e a grandeza de Deus. “Culto é um estado de espírito. Se Deus busca adoradores que o adorem em espírito e em verdade, o culto depende muito mais de nossa disposição íntima em reconhecer a soberania de Deus do que nosso desejo em atender meramente às demandas de nossa autossatisfação emocional”, completa Rega.

Ele reforça que a adoração coletiva se torna fruto da adoração diária individual que ocorre quando nossa vontade é colocada no altar para que prevaleça a vontade de Deus nas nossas escolhas cotidianas.

Pastor Daniel Souza. Foto: Divulgação.
Pastor Daniel Souza. Foto: Divulgação.

Souza chama a atenção para as pessoas não se apoiarem nos shows, que não têm poder nenhum de transformação, se o Espírito Santo não agir. “A ameaça à verdadeira adoração e ao real culto a Deus é muito sutil. Basta colocar qualquer outra coisa no centro que não seja o Senhor, para o propósito do culto não ser alcançado. A Bíblia diz: “ao Senhor teu Deus adorarás e só a Ele darás culto” (Mt.4:10)”, afirma.

“Penso que, se a liturgia estiver no controle do Espírito Santo, ela será inevitavelmente sagrada. Podemos e devemos nos organizar para prestar um culto a Deus com ordem e decência. No entanto, o Senhor quer nos revelar sua vontade quanto ao culto que devemos prestar a Ele (Is.58:15; Am.5:23,24). Ele deve reinar em tudo, inclusive na liturgia”, completa Daniel. 

Segundo Rega, se no passado Deus procurava um local para sua adoração no tabernáculo, atualmente Ele está mais preocupado com o adorador. “Vamos aprender a adorar a Deus em cada momento, em cada escolha de nossa vida, colocando nossas vidas em Seu altar, estando assim preparados para a participação da adoração pública e coletiva”, conclui. 

Fonte: https://comunhao.com

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